Ambidestria organizacional como estratégia de inovação: um estudo de caso no setor de mineração
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Data
2018Autor
Carmo, Haroldo Vital do
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Um dos principais desafios enfrentados pelas empresas atualmente é a necessidade de aproveitar e beneficiar-se de recursos e capacidades existentes e, simultaneamente, proporcionar inovações suficientes para competir e sobreviver em um ambiente marcado pela concorrência acirrada, constantes mudanças e transições tecnológicas. O conceito de ambidestria organizacional trata justamente da capacidade da empresa em competir, por meio de tecnologias difundidas e estabelecidas, em mercados em que a eficiência, o controle e as melhorias incrementais são diferenciais competitivos valorizados; e de forma simultânea e equilibrada, também conseguir competir com destaque e relevância, por meio de inovações e novas tecnologias, em mercados em que a flexibilidade, autonomia e experimentação são fundamentais para obtenção de vantagens competitivas. Pesquisas sobre ambidestria organizacional demonstram que a busca simultânea de exploração e explotação provoca tensões organizacionais difíceis de resolver. Para o gerenciamento dessas tensões, as pesquisas sugerem que sejam adotadas soluções organizacionais, como a separação estrutural ou a integração contextual das tarefas relacionadas à inovação incremental e inovação radical. Este estudo de caso realizado em uma empresa de automação líder na indústria de mineração busca descrever e investigar como essas tensões provocadas pela implementação de estratégia de inovação ambidestra são gerenciadas e mitigadas pela organização. Como resultado deste estudo, foi proposta uma ampliação do modelo teórico apresentado por Andriopoulos e Lewis (2009) para a classificação das tensões. Três novas categorias foram incorporadas ao modelo teórico, com o objetivo de contemplar, primeiramente, as tensões relacionadas às inovações disruptivas; em segundo lugar, as tensões associadas ao isomorfismo normativo imposto pela relação de poder entre empresa controladora e subsidiária; por fim, as tensões inerentes à especificidade da tecnologia no âmbito da gestão de pessoas. One of the major challenges faced by the companies today is the need to leverage and benefit from existing capabilities, while providing enough innovation to compete and survive in an environment marked by intense competition and constant technology changes. The concept of organizational ambidexterity addresses the company's ability to compete, through established technologies, in markets where efficiency, control and incremental innovations are extremely valued; and simultaneously compete with radical innovations and new technologies, in markets where flexibility and experimentation are fundamental to obtain competitive advantages. Research on organizational ambidexterity shows that the simultaneous pursuit of exploitation and exploration raises organizational tensions that are difficult to solve. To manage these tension, researchers suggest that structural separation or contextual integration should be adopted to cope with incremental innovation and radical innovation simultaneously. This case study conducted in a leading automation company in the mining industry seeks to describe and investigate how these tensions triggered by the implementation of ambidextrous innovation strategy are managed and mitigated by the organization. As result, this study proposed an extension of the theoretical model presented by Andriopoulos and Lewis (2009) for the classification of tensions. Three new categories were incorporated into the theoretical model to contemplate the tensions related to disruptive innovations; secondly, the tensions associated with the normative isomorphism imposed by the power relation between parent and subsidiary company; and finally, the tensions inherent in the technological specificity from the perspective of human resource management.