A influência da autoestima, do bem-estar no trabalho e do engajamento no desempenho individual

Abstract

Este trabalho tem como objetivo identificar a influência da autoestima, do bem-estar no trabalho e do engajamento no desempenho individual. Observa-se que são temas já estudados, mas ainda pouco explorados em conjunto. Vivenciamos uma economia global, marcada por mudanças constantes e recorrentes descobertas no campo da ciência e tecnologia, promovendo maior competitividade entre mercados, o que exige um rápido ajuste de sistemas, processos e pessoas. Diante de um ambiente fluido e veloz, o cenário da gestão de pessoas vem sofrendo profundas transformações. Durante muito tempo, os estudos voltados para a psicologia organizacional e do trabalho, de modo geral, relacionaram as questões psíquicas ao sofrimento, às fraquezas e às falhas dos seres humanos. No entanto, desde o advento da psicologia positiva, as pesquisas têm se dedicado aos aspectos positivos e saudáveis, que permitam o desenvolvimento das potencialidades humanas, visando contribuir com práticas que promovam comportamentos positivos e saudáveis, benéficos para indivíduos e organizações. Esta investigação engloba um total 278 respondentes e os dados foram coletados por meio de questionário estruturado on-line. A metodologia fundamentou-se em análises estatísticas pertinentes à validação da escala, sendo utilizada a abordagem Partial Least Square (PLS). Os resultados demonstram que todos os constructos apresentaram índices de Variância Média Extraída acima de 40% e Confiabilidade Composta superior a 80%. Os resultados encontrados permitem dizer que existe uma relação significativa e positiva entre os construtos autoestima e bem-estar no trabalho, bem-estar no trabalho e engajamento, engajamento e desempenho e autoestima e desempenho. Não foram encontradas relações entre bem-estar no trabalho e engajamento. A associação entre os construtos autoestima, bem-estar no trabalho e engajamento apresentou uma ligação moderada, sendo capaz de explicar 45,2% do desempenho.

This work aims to identify the influence of self-esteem, well-being at work and engagement, on individual performance. It is observed that these are themes already studied, but still little explored as a whole. We are experiencing a global economy, marked by constant changes and recurring discoveries in the field of science and technology, promoting greater competitiveness among markets, which requires a rapid adjustment of systems, processes and people. Faced with a fluid and fast environment, the scenario of people management has undergone profound changes. For a long time the studies focused on Organizational Psychology and work have generally related psychic issues to the suffering, weaknesses and failures of human beings. However, since the advent of Positive Psychology, studies have been devoted to the positive and healthy aspects that allow the development of human potential, aiming to contribute to practices that promote positive and healthy behaviors beneficial to individuals and organizations. The survey encompasses a total of 278 respondents and data were collected through structured online questionnaire. The methodology was based on statistical analyzes pertinent to scale validation, using the Partial Least Square (PLS) approach. The results show that all the constructs presented Mean Expiration Variance indexes above 40% and Composite Reliability values above 80%. The results show that there is a significant and positive relationship between self-esteem and well-being at work, well-being at work and engagement, engagement and performance, and self-esteem and performance. No relationship was found between well-being at work and engagement. The relationship between self-esteem, well-being at work and engagement constructs presented a moderate relationship, being able to explain 45.2% of performance.