Softwares de balanced scorecard: avaliação da sua usabilidade segundo a percepção dos gestores de empresas usuários dessas ferramentas no mercado brasileiro
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Data
2012Autor
Cruz, Cristiano Ledo Barbosa
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Após a era industrial, caracterizada pela economia de escala e por métodos de gestão e mensuração de desempenho baseados em premissas tradicionais, financeiras e contábeis, surge a sociedade do conhecimento ou era pós-capitalista, momento histórico em que as pessoas, empresas, governo e outros atores econômico-sociais passam por profundas mudanças na forma com que interagem, trazendo novos desafios à gestão moderna das organizações. Nesse cenário, as metodologias de gestão estratégica e de mensuração de desempenho sofrem atualizações para atender às novas demandas mercadológicas, num ambiente em que inúmeras variáveis afetam o estado dessas instituições, tais como: competição acirrada e extraterritorial, avanço tecnológico acelerado, rentabilidade, sustentabilidade, diferenciação competitiva e gestão de pessoas. Ao longo do último século, vários autores criaram métodos de gestão e mensuração de desempenho, para buscar atender as novas necessidades de gerir, além do capital tangível até então focado, o capital intangível, como o intelectual, atribuindo-lhes escalas de mensuração. Dentre esses métodos, destaca-se o Balanced Scorecard (BSC), criado pelos professores Kaplan e Norton, da Harvard Business School, no início da década de noventa. Devido ao crescimento contínuo do volume de informação e de complexidade dos vários indicadores de desempenho, que podem ser usados para a geração de conhecimento por meio do BSC, as empresas encontram dificuldades para a implementação da técnica. O uso de ferramentas de softwares especialistas na implementação desse sistema, bem como de apoio computacional para gerir essas massas de dados, permitindo ao gestor tomar decisões estratégicas e no tempo hábil exigido pelo mercado, parece ser uma solução para esse problema. Porém, ao buscar o uso desses recursos, outras questões são levantadas, a respeito da sua usabilidade e aceitação tecnológica. Como então descrever a percepção dos gestores de empresas em relação aos softwares de BSC levando em consideração não somente sua adesão à técnica mas também aos preceitos de usabilidade e aceitação tecnológica de softwares? Para responder a questão, foi aplicada uma pesquisa, do tipo survey, a cerca de dez mil empresas brasileiras, direcionada aos gestores dessas instituições, buscando captar sua percepção quanto ao uso da ferramenta especialista, segundo essas premissas. As considerações finais reforçam as observações dos autores quanto à era do conhecimento e suas características mercadológicas, demonstram uma forma de descrever a percepção dos gestores pesquisados quanto aos softwares utilizados, segundo as premissas definidas, bem como apontam estudos futuros que podem aprofundar a análise de causalidade entre as perspectivas do BSC e da usabilidade de softwares, além de buscarem atrelar indicadores de desempenho na avaliação de sistemas de gestão estratégica e conhecimento. After the industrial age, characterized by economy of scale and methods of management and performance measurement based on traditional financial and accounting assumptions, comes the knowledge society or the post-capitalist age, historical moment in which people, companies, governments and other socioeconomic actors undergo profound changes in the way they interact with each other, bringing new challenges to the modern management of organizations. In this scenario, the methodologies of strategic management and performance measurement suffer improvements to meet the new demands of market, an environment in which many variables affect the state of these institutions, such as: extra territorial and fierce competition, rapid technological advancement, profitability, sustainability, competitive differentiation and people management. Over the last century several authors have created methods of management and performance measurement to meet these new needs, to manage tangible capital previously focused, such as intangible capital like intellectual, giving to them measurement scales. Among these methods highlight the Balanced Scorecard - BSC - created by Professors Kaplan and Norton, from Harvard Business School, in the early 90s. Due to continued growth in the volume of information and complexity of the various performance indicators that can be used for the generation of knowledge through the BSC, companies find it difficult to implement the technique. The use of specialist software tools to implement this system as well as computer support to manage these masses of data seems to be a solution to this problem, allowing the manager to take strategic decisions in a timely manner required by the market. However, looking for the use of these resources, other issues are raised about its usability and acceptance of technology. How then to describe the perception of business managers in relation to BSC software considering not only its technical alignment but also adherence to the precepts of usability and technological acceptance of softwares? To answer the question, we applied a research-type survey, about ten thousand Brazilian companies, directed to managers of these institutions, seeking to capture their perceptions regarding the use of the specialist tool, according to these assumptions. The final considerations reinforce the authors' observations regarding the age of knowledge and its marketing characteristics, demonstrate a way to describe the perception of surveyed managers about the software used, according to the assumptions set, and indicate that future studies may further examine both the causality between the perspectives of the BSC and the usability of softwares, and seek to harness performance indicators in the evaluation of strategic and knowledge management systems.