A felicidade na agenda da administração e suas relações com conceitos organizacionais
Visualizar/ Abrir
Data
2010Autor
Carvalho, Marcos Bacellar de
xmlui.mirage2.itemSummaryView.MetaData
Mostrar registro completoResumo
Sendo a felicidade a razão última da vida, conforme proposto por Aristóteles (384 -322 a.C.), Hume (1741) e Bentham (1789), os formuladores de política pública deveriam tê-la como paradigma ao estabelecerem suas metas e planos de governo. Aos administradores dos diversos tipos de organizações, o tema interessa porque pessoas mais felizes são mais produtivas, mais criativas e mais fáceis de lidar. O Utilitarismo, iniciado por Bentham, propõe que as ações dos indivíduos deveriam ser julgadas pela sua contribuição à Felicidade; quanto maior a intensidade e mais pessoas afetadas, mais úteis essas seriam. De duas décadas para cá, surgiram diversos conceitos (construtos) que vêm sendo cobrados dos administradores, são eles: infraestrutura e uso de tecnologia de informação e comunicação, inovação, competitividade, desempenho econômico, desempenho ambiental, sustentabilidade e qualidade de vida. A finalidade desta pesquisa, de corte transversal, de base positivista, caracterizada como conclusiva e descritiva, é avaliar a utilidade de cada um desses conceitos para a Felicidade, bem como validar um modelo de relacionamento que os envolva, tendo a Felicidade como variável dependente. Neste estudo, um amplo levantamento identificou diversos índices usados por organizações de reputação internacional para medir cada conceito mencionado, incluindo a própria Felicidade, medidos para diferentes nações. Análise e seleção determinaram o índice que seria usado para representar cada construto. Um tratamento estatístico demonstrou que todos os construtos são úteis à Felicidade, pois guardam com ela relação positiva e significativa. O modelo de relacionamento proposto para explicar a Felicidade a partir desses construtos foi analisado e validado. Individualmente, a Qualidade de Vida, em que a renda per capita representa apenas 11%, foi a variável mais útil para a Felicidade, enquanto que a Sustentabilidade, foi a menos útil. Os resultados desta pesquisa confirmam que a renda, que há muitas décadas vem sendo adotada como paradigma aos formuladores de políticas públicas, é somente um dos meios para melhorar Qualidade de Vida, este sim um importante predecessor da Felicidade. Uma conseqüência esperada deste estudo está em que possa servir como contribuição para inserir o assunto na agenda da disciplina “Administração” onde ele está ainda em estado latente. Being Happiness the ultimate reason of life, according to Aristotle’s (384 -322 B.C.) Hume´s (1741) and Bentham´s (1789) proposals, it should be the paradigm for policymakers when setting the goals and targets of their governments. This issue interests all the people working with administration because happier people are more productive, more creative, and easier to deal with. When setting the basis of Utilitarism, Bentham proposed that actions should be judged by their contribution to Happiness; the more intense they are and the more they affect people, the more useful they are. In the last two decades, administrators have being required to address concepts such as: infrastructure and use of technology for information and communication, innovation, competitiveness, economic performance, environmental performance, sustainability, and quality of life. The aim of this cross sectional study, which has a positivist basis and is qualified as conclusive and descriptive is to assess the usefulness of these concepts to Happiness, analyzing their relation with it. A comprehensive research has roused the identification of several indexes used by internationally recognized organizations for measuring each of these constructs, including Happiness, in a national level. Analysis and selection determined the index that would represent each construct in this study. Statistical treatment revealed that all variables are useful for Happiness, showing positive and significant relation with it. The relationship model proposed to explain Happiness, using these constructs, was also analyzed and validated. Individually, quality of life, where GDP per capita (PPP) represents only 11%, was the variable most useful for Happiness, while sustainability was the least useful one. The results of this work confirm that income, for many decades being used as a paradigm by public policymakers, is only one of the means to improve the population’s quality of life, which is an important antecedent of Happiness. Among the consequences of this study there is expectation it could contribute to include this issue in the agenda of the social science of Administration, in which it remains in a latent state.