Racionalidade e irracionalidade nas organizações
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Data
2010Autor
Rezende, Carlos Roberto Alcântara de
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A administração das organizações baseia-se historicamente em procedimentos racionais e positivistas, tidos como o melhor caminho para a efetividade de resultados. A lógica dos processos e ferramentas gerenciais tenta imperar por meio da burocracia institucionalizada, envolvendo estruturas funcionais, orientadas por planos objetivos, controle de desempenho, monitoramento e avaliação. A organização funciona exclusivamente sob orientação do indivíduo e dependente da racionalidade das suas escolhas para realizar as finalidades corporativas. O indivíduo parece corresponder a essa expectativa, mas, vez por outra, renitente, surpreende os administradores e age irracionalmente, contrariando as mais modernas diretrizes e preceitos da gestão. Alguns fatores psicossociais colaboram para que isso aconteça. O primeiro deles focaliza o conflito entre o indivíduo e a organização, como gerador de desarmonia; outro fator refere-se ao narcisismo como transtorno de comportamento encontrado no ambiente organizacional, capaz de desviar o indivíduo dos objetivos corporativos e da realidade; um terceiro fator refere-se ao inconsciente psíquico, um lugar virtual na mente humana, imprevisível e incontrolável, permanentemente ativo e influente nas escolhas do indivíduo; o último fator identificado refere-se à idealização que o indivíduo faz da organização e, ou, de grupos a que pertence, freqüentemente baseada na preservação irracional de certezas ilusórias. Esses fatores decorrem da natureza humana e atingem a todos os indivíduos da organização, em especial, as pessoas em posição de poder, tendo em vista a maior repercussão das suas escolhas no desempenho organizacional. A reflexão sobre os fatores elencados pode auxiliar os administradores a lidar com os limites de efetividade das ferramentas gerenciais frente ao indivíduo, um limite aparentemente “endêmico e incurável”. The administration of the organizations is based historically on rational procedures and positivists, taken as the best path for the effectiveness of results. The logic of the processes and management tools try to prevail through the bureaucracy institutionalized, involving functional structures, guided by plans objectives, performance control, monitoring and evaluation. The organization works exclusively under the guidance of the individual and dependent on the rationality of their choices to accomplish the corporate purposes. Everyone seems to correspond to this expectation, but, occasionally stubborn, surprised administrators and acts irrationally, against the latest guidelines and standards of management. Some psychosocial factors work together to make it happen. The first focuses on the conflict between the individual and the organization as a generator of disharmony, another factor refers to as narcissism disorder behavior found in the organizational environment, capable of diverting the individual business objectives and reality, a third factor refers to the unconscious psychic, a virtual place in the human, unpredictable and uncontrollable, always active and influential in the choice of the individual, the last factor identified is the idealization that the individual makes the organization, and / or groups you belong to, often based on irrational preservation of illusory certainties. These factors stem from human nature and affect all individuals in the organization, especially people in positions of power, with a view to greater impact of their choices on organizational performance. Reflection on the factors listed can assist managers to deal with the limits of effectiveness of management tools against the individual, a limit apparently “endemic and incurable”.