Significado do trabalho e as expectativas sobre carreira: estudo com jovens da Geração Z em processo de primeiro emprego

Abstract

As gerações mudam ao longo dos anos e com elas, as perspectivas e anseios quanto ao primeiro emprego. Assim, este estudo teve por objetivo analisar o significado do trabalho e as expectativas de carreira de jovens belo-horizontinos pertencentes à chamada Geração Z, em processo de primeiro emprego. O método de pesquisa adotado foi a qualitativa com aplicação de questionário e das escalas Escala de Expectativas de Carreira na Organização (EECO) e a Escala de Significado do Trabalho (IMST), aplicadas em data específica, previamente acordada com os participantes. A pesquisa quantitativa estruturou-se a partir dos conceitos de trabalho, carreira e gerações, e, empiricamente, trabalhou a EECO e a IMST, obtendo como resultados principais a existência de dois conjuntos de expectativas de carreira pela Geração Z, por meio de análise fatorial. O primeiro fator reuniu conquistas no ambiente de trabalho, tais como crescimento, remuneração e sucesso na carreira. O segundo fator verificado foi a interface entre carreira/trabalho e a vida pessoal/familiar dos jovens, denotando a importância dada pela Geração Z a esse aspecto, no sentido de valorização da vida fora do trabalho, assim como da realização de atividades de caráter pessoal. Como indicativo do poder preditivo geral do modelo de hipóteses, calculou-se a medida GoF, que indicou que 40% da variabilidade geral dos dados é explicada pelo modelo preditivo proposto. Todas as hipóteses foram suportadas pelo modelo. Os dados qualitativos evidenciaram que os jovens têm sua opinião própria quanto àquilo que não gostariam ou não gostam que aconteça no seu trabalho. Além disso, os resultados permitiram observar que eles trabalham desde cedo, a maioria com renda mensal familiar entre um e dois salários mínimos, sendo provavelmente esse um dos fatores motivacionais para integrarem o mercado de trabalho desde jovens. Para os entrevistados, o trabalho deveria ser algo divertido, que lhes desse prazer de executar, que lhes proporcionasse crescimento de carreira e se realizasse em um ambiente agradável.

Generations change over the years and with them, the prospects and yearning for the first job. Thus, this study aimed to analyze the meaning of the work and the career expectations of beautiful youngsters belonging to the so-called Generation Z, in the process of first employment. The research method adopted was qualitative with questionnaire application and the Scale of Career Expectations in the Organization (EECO) and the Scale of Meaning of Work (IMST), applied on a specific date, previously agreed with the participants. The quantitative research was structured from the concepts of work, career and generations, and, empirically, worked on the EECO and IMST, obtaining as main results the existence of two sets of career expectations by Generation Z, through a factorial analysis . The first factor brought together achievements in the workplace, such as growth, pay and career success. The second factor verified was the interface between career / work and the personal / family life of young people, denoting the importance given by Generation Z to this aspect, in the sense of valuing life outside work, as well as performing personal activities . As indicative of the general predictive power of the hypothesis model, the GoF measure was calculated, which indicated that 40% of the general variability of the data is explained by the predictive model proposed. All assumptions were supported by the model. Qualitative data showed that young people have their own opinions about what they do not like or do not like happening in their work. In addition, the results showed that they work from an early age, most with monthly family income between one and two minimum wages, and this is probably one of the motivational factors to integrate the labor market since the young. For those interviewed, the job should be fun, enjoyable, work-intensive, and enjoyable.