Os privilégios dos agentes políticos brasileiros como entreve à concretização do Estado Democrático de Direito
Visualizar/ Abrir
Data
2014Autor
Gomes, Vinícius da Costa
xmlui.mirage2.itemSummaryView.MetaData
Mostrar registro completoResumo
Esta dissertação apresentou uma pesquisa sobre os privilégios dos agentes políticos brasileiros
como um entrave a concretização do Estado Democrático de Direito. Inicialmente, realizou-se
uma análise da igualdade geométrica e aritmética de Aristóteles. Posteriormente, a ruptura
deste conceito de igualdade com o pensamento kantiano. Realizou-se também um estudo das
igualdades formal e material nos Estados Liberal e Social. E, por fim, pesquisou-se alguns dos
entendimentos teóricos sobre a igualdade democrática. Este estudo sobre a igualdade
possibilitou definir o conceito de privilégio e prerrogativa, já que o privilégio estaria ligado à
igualdade geométrica aristotélica e a prerrogativa pressupõe uma igualdade aritmética. Logo,
aplicou-se este conceito aos benefícios normativos existentes para os agentes políticos
relativos à jornada de trabalho e aos auxílios pecuniários. Os resultados demonstram que
existem alguns benefícios que se tratam de verdadeiros privilégios, posto que, são
fundamentados na igualdade geométrica de Aristóteles. Conclui-se que estes privilégios são
incompatíveis com o Estado Liberal e o Estado Social, e, consequentemente, com qualquer
nova reflexão acerca da Democracia. This dissertation presented research on the privileges of Brazilian politicians as an obstacle to
achieving the democratic rule of law. Initially , we performed an analysis of the geometric and
arithmetic equality of Aristotle . Subsequently , the break of the concept of equality with
Kantian thought . We also conducted a study of formal equalities and material in Liberal and
Social States. And finally , we looked at some of the theoretical understandings of democratic
equality . This study of equality made it possible to define the concept of privilege and
prerogative , since the privilege is linked to the Aristotelian geometric equality and
prerogative assumes an arithmetic equality. Therefore, we applied this concept to the existing
normative benefits for the political actors regarding working hours and pecuniary aid. The
results show that that some benefits that are actually privileges, since they are based on
geometric equality of Aristotle . We conclude that these privileges are incompatible with the
Liberal State and the welfare state , and, consequently , with any new reflection on democracy.