Triple Bottom Line Theory: a mensuração da performance organizacional por meio dos pilares ambiental, econômico e social no setor energético brasileiro
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Data
2021Autor
Pereira, Thiago Henrique Martins
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A produção científica sobre Triple Bottom Line (TBL) tem despertado a atenção da literatura. Prova disto é o crescimento exponencial das publicações sobre este tema. Neste contexto, uma série de fatores relacionam-se com este contínuo interesse acadêmico, dentre eles: a escassez de recursos produtivos e a necessidade de se otimizar os processos. Conforme verificado nesta tese, estudos recentes sobre TBL tem atribuído especial atenção a temas voltados para a construção de indicadores de sustentabilidade, a mensuração do desempenho de organizações e a formulação de sistemas de tomada de decisão. Desta forma, destaca-se que, no âmbito da TBL, o modelo decisório é aquele que, apesar da presença de incertezas e riscos, consegue permitir o melhor desempenho ambiental, econômico e social por parte das organizações. Para tal, é fundamental o reconhecimento de que os recursos são limitados e que uma série de pré-requisitos precisam ser alcançados de modo a se obterem decisões ótimas. Assim, com o intuito de divulgar práticas de gestão alinhadas ao contexto da TBL, as organizações passaram a elaborar anualmente os intitulados “Relatórios de Sustentabilidade”. Esta tese é pioneira, uma vez que construiu um modelo de aferição do desempenho ambiental, econômico e social tendo como locus de pesquisa as empresas do setor energético brasileiro. A escolha deste segmento se deu em função da relevância da sustentabilidade na operação destas companhias. Para tal, fez uso das informações contidas em seus relatórios internacionais de sustentabilidade. Esta tese realizou cálculos de eficiência baseados em diversas métricas. Em primeiro lugar, os modelos clássicos de Data Envelopment Analysis (DEA) foram executados de modo a se aferir o desempenho das organizações. Em um segundo momento, através de modelos DEA de supereficiência, foi possível detectar aquelas organizações que possuíam valores atípicos para os seus inputs e ou outputs. Desta forma, foi possível testar e validar a hipótese de que os modelos de supereficiência produzem variações significativas nos níveis de eficiência (em comparação aos modelos clássicos). Verificou-se que a Companhia Energética de Minas Gerais S.A. (CEMIG) foi a única a obter eficiência máxima para todos os modelos de supereficiência estimados, levando-se em consideração a performance ambiental, econômica e social. Ainda, verificou-se que o grau de eficiência econômica assumiu valores superiores, daqueles obtidos na performance ambiental e social para as empresas analisadas. Por fim, após a estimação dos modelos de supereficiência, os escores de desempenho obtidos, tanto para o modelo ambiental, econômico e social, foram regredidos através de variáveis discricionárias. Destaca-se que os fatores relacionados ao desempenho das organizações são variáveis e que dependem fortemente da tipologia do modelo de performance utilizado, como a sua orientação, por exemplo. Espera-se que este trabalho auxilie no futuro formuladores de políticas públicas e privadas, uma vez que apresenta métricas para a mensuração da performance organizacional através de uma perspectiva sustentável.